quinta-feira, 27 de abril de 2017

CLARO!

Foto de TVI 24

“Eu procurei ajudar as pessoas” – Alberto João Jardim ao JM de 24/04/2017, pura verdade e a lista é tão longa que basta recordar dois ou três nome, como, Avelino Farinha e Agrela, Família Sousa, Jaime Ramos, etc., etc., estão entre as pessoas que mais foram ajudadas pelo jardinismo.

Só resta esperar que digam: um bem haja!

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Vem aí o 25 de Abril - A Respeito do Falecimento do Coronel Virgílio Varela

Faleceu recentemente o cidadão da Ponta do Sol Virgílio Varela que teve destacado papel no movimento militar de 16 de Março de 1974 e no MFA a seguir ao 25 de Abril.
Embora estivesse ligado às tendências mais à direita no interior do Movimento, por vezes designadas como “spinolistas”, o certo é que se tratava de um natural da Madeira que lutou contra o regime fascista, e, por isso, não é fácil de aceitar o silêncio que se gerou à volta da sua pessoa.


Ainda recentemente (DN, 14/04/2017), um comentador, a respeito de uma obra artística visivelmente falhada elogiava o seu autor porque, “tornou-se o artista madeirense mais conhecido e mais falado de todos os tempos” e, tal como neste caso, a qualidade de “madeirense”, só por si dá origem a múltiplos elogios ao nível da opinião pública, e, por isso, é dificilmente compreensível o silêncio que se gerou neste caso.
Ao fim e ao cabo, pode-se discordar das suas opiniões políticas, mas será forçoso reconhecer que serão poucos (pouquissímos…) os madeirenses que tenham arriscado a vida para a reconquista da liberdade, como sucedeu com Virgílio Varela.

Por isso, e para explicação deste silêncio, ou nos encontramos ainda perante defensores do regime fascista que foi derrubado no 25 de Abril, o que será pouco provável, ou então a mediocridade de quem nunca lutou “a sério” terá originado este esquecimento.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Tão simples quanto isto: «Se ficarem isolados comem o quê?»

A pergunta saiu da boca de Javier Gil León, um habitante de Canárias, no âmbito do Workshop “Reabilitação do Pastoreio e Regeneração dos Ecossistemas”, comparando a produção dos dois arquipélagos:
- «E se, por um motivo qualquer, a Madeira ficar sem possibilidades de ser acedida por ar ou mar, vocês comem o quê?
Esta pergunta aparece, quando o especialista constatou que não produzimos para sobreviver.


A nossa agricultura é muito deficitária, e não produzimos derivados. O nosso peixe, vem maioritariamente dos Açores. Melhor dizendo, a Madeira não tem economia primária, não tem meios de sobrevivência. 
Num caso de pânico, com uma corrida em massa para adquirir artigos de primeira necessidade, os supermercados ficariam vazios em 4 dias. 
«… Gado produz carne, leite, pele, lã e trabalham todos os dias da semana no combate a fogos …» 

David Francisco



quinta-feira, 13 de abril de 2017

“Tecnovia EMPENHADA NO BLOCO OPERATÓRIO” – DN. 05/04/2017

Uma estranha visita de um empreiteiro ao bloco operatório do Hospital, pode ter uma fácil e notável explicação.

Segundo o “DN” existem processos judiciais elaborados pela Tecnovia e que se destinam a obter o pagamento dos calotes do Governo Regional, mas, é particularmente significativo o processo que pende no Tribunal Administrativo do Funchal e onde a empresa pede vários milhões pelo pagamento de “trabalhos a mais” precisamente no bloco operatório e outras obras no Hospital.

Da consulta à defesa do Governo Regional constata-se que este nega a existência de qualquer contrato para a realização das ditas, que, a existirem, não terão partido da sua iniciativa e, à primeira vista, a situação da Tecnovia é muito delicada e arrisca-se a ficar com milhões de euros a andar, atendendo à inexistência de quaisquer formalidades na alegada contratação.

Daí que se torne então inteiramente natural a operação de charme de que o DN dá conta e até pode ser que a Tecnovia consiga os seus objectivos.

Resta saber se o Tribunal de contas deixará passar um negócio tão informal…


quarta-feira, 12 de abril de 2017

SÃO NÚMEROS, SENHOR, SÃO NÚMEROS!

Segundo o “DN. de 04/04/2017, no primeiro trimestre deste no, embarcaram ou desembarcaram no porto do Funchal, 125 passageiros, o que correspondera a uma média de 1,4 por dia, se tal fosse possível.



Provavelmente, a maior parte até seria madeirenses e não necessitarão da gare para o seu embarque ou desembarque, mas, de qualquer forma, os muitos milhões que foram gastos naquela gare só não foram bem empregues porque com este número de utentes até podia ser pavimentada a ouro e diamantes…

NADA MELHOR DO QUE A “COLTURA”

Consultando o Orçamento Regional para o ano que passou e tendo em consideração alguns projectos culturais então planeados, podemos observar o seguinte:


Orçamento
Executado
Recuperação do Convento de Santa Clara
300.000.00 Euros
Zero!
Museu de Fotografia
200.000.00 Euros
Zero!
Recuperação da Fortaleza do Pico
150.000.00 Euros
Zero!
Museu do Património Móvel
1.153.000.00 Euros
Zero!
Museu do Romantismo
1.155.000.00 Euros
Zero!
Museu de Arqueologia
300.000.00 Euros
Zero!
Recuperação do Forte São João Batista em Machico
1.000.000.00 Euros
Zero!

À primeira vista, sobressai a total falta de concretização dos projectos que foram associados, “com pompa e circunstância”, relativamente à governação do ano passado, assim como sobressai a urgência de medidas, que não foram tomadas, relativamente ao Forte do Pico e ao Convento de Santa Clara.
Mas, numa outra vertente, torna-se deveras intrigante que consistirá um tal “Museu do Património Móvel” e quais serão os projectos que se acharão previstos para um tal “Museu do Romantismo”, embora, nada seja de estranhar com um presidente do Governo Regional que, quando era Presidente da Câmara prometeu um Jardim Zoológico!

Tal como durante o jardinismo, continua a ser essencial prometer obras, mesmo que os prometedores não tenham a menor ideia quanto às mesmas.

terça-feira, 11 de abril de 2017

NÚMEROS PARA TODOS OS GOSTOS

Segundo se lê no DN de 31/3, em notícia relativa às Regiões Ultra Periféricas, o PIB da Região, apesar de inflacionado pelos números da Zona Franca, fica-se pelos 73,39 euros, pouco acima dos Açores, que apresenta 70,56 euros e bastante abaixo das Canárias, com 78,20 euros.



Se calhar, na realidade, e após 40 anos de Jardinismo, nem sequer estaremos à frente dos Açores, que, há anos atrás, apresentavam um PIB muito mais baixo do que a Madeira, enquanto que as Canárias aumentaram a sua diferença relativa.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

TODOS OS ANOS PELA PRIMAVERA 6 – Por onde anda a Revisão do Estatuto?

Inicialmente recordou-se um texto de uma obra de um escultor português com esse título, publicada nos tempos de “outra senhora”, cujo protagonista todos os anos pela primavera tentava fazer uma revolução, obviamente fracassada e com pesados custos para o seu autor, utilizando-se essa imagem para as sucessivas e fracassadas tentativas do jardinismo e de seus herdeiros para apresentarem “todos os anos” um projecto de Revisão Constitucional ou do Estatuto Político-Administrativo da RAM.


Este ano, temos nova proposta, que segundo é anunciado, estará a ser discutida na Assembleia Legislativa, mas, para já, tudo permanece no “segredo dos deuses” e, portanto, tomadas de posição, opiniões ou análises, para não falar de estudos aprofundados, são totalmente desconhecidos, nada transpirando quanto aos trabalhos parlamentares.

E, com esta forma de actuação, pode-se antever que, no próximo ano, lá teremos mais uma nova proposta.

terça-feira, 4 de abril de 2017

FALTAM POUCOS MESES

Faltam poucos meses para o inicio do próximo ano o qual corresponde aos seiscentos anos de inicio do povoamento do Arquipélago, segundo as versões mais correntes, mas a governação PSD continua sem dar sinais no sentido de promover as naturais comemorações desse evento.

Segundo se diz, o regime miguelista pretende promover como responsável pelas comemorações uma das suas personagens, obviamente de “boas famílias” e que se encontra presentemente desesperada.

Sucede porem que a dita cuja nada tem a ver com os conhecimentos históricos ou com a cultura, o que pode levar a que a escolha não seja bem vista por esses sectores.

E, de “animação”, já estamos todos cheios…


Enfim, por esta ou por outras razões, o certo é que ainda nada existe.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

E LA NAVE VA…

Perdoando-se-nos a erudição, que só surgirá como tal para os mais novos, apetece recordar um filme de Fellini, de 1983, intitulado “E la nave va” e que, a propósito de um navio traça uma imagem de decadência da Europa em vésperas da primeira guerra mundial, incluindo na sua estória uma reminiscência do rinoceronte que D. Manuel I enviou ao Papa nos inícios de mil e quinhentos.

Na verdade, só o requintado humor das obras de Fellini poderia descrever capazmente todas as peripécias políticas relacionadas com o ferry boat para a Madeira que, como todos sabemos, terminaram precisamente com “la nave se va”.



É claro que, para os “velhos” autonomistas, a existência da ligação marítima deveria resultar de uma decisão dos madeirenses e não das benesses de um qualquer governo do “rectângulo”, mas não é assim que a questão tem sido tratada, e, por isso, os autores do cartaz aqui recordado ficaram mal, ou, mais exactamente, ficaram pessimamente na fotografia.

Repita-se

“Prometeram ligação marítima o PS-Madeira e o PSD-Madeira e ficamos a ver navios”