Faleceu
recentemente o cidadão da Ponta do Sol Virgílio Varela que teve destacado papel
no movimento militar de 16 de Março de 1974 e no MFA a seguir ao 25 de Abril.
Embora estivesse
ligado às tendências mais à direita no interior do Movimento, por vezes
designadas como “spinolistas”, o certo é que se tratava de um natural da
Madeira que lutou contra o regime fascista, e, por isso, não é fácil de
aceitar o silêncio que se gerou à volta da sua pessoa.
Ainda
recentemente (DN, 14/04/2017), um comentador, a respeito de uma obra artística
visivelmente falhada elogiava o seu autor porque, “tornou-se o artista
madeirense mais conhecido e mais falado de todos os tempos” e, tal como neste
caso, a qualidade de “madeirense”, só por si dá origem a múltiplos elogios ao
nível da opinião pública, e, por isso, é dificilmente compreensível o silêncio
que se gerou neste caso.
Ao fim e ao
cabo, pode-se discordar das suas opiniões políticas, mas será forçoso
reconhecer que serão poucos (pouquissímos…) os madeirenses que tenham arriscado
a vida para a reconquista da liberdade, como sucedeu com Virgílio Varela.
Por isso, e
para explicação deste silêncio, ou nos encontramos ainda perante defensores do
regime fascista que foi derrubado no 25 de Abril, o que será pouco provável, ou
então a mediocridade de quem nunca lutou “a sério” terá originado este
esquecimento.
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