segunda-feira, 3 de abril de 2017

E LA NAVE VA…

Perdoando-se-nos a erudição, que só surgirá como tal para os mais novos, apetece recordar um filme de Fellini, de 1983, intitulado “E la nave va” e que, a propósito de um navio traça uma imagem de decadência da Europa em vésperas da primeira guerra mundial, incluindo na sua estória uma reminiscência do rinoceronte que D. Manuel I enviou ao Papa nos inícios de mil e quinhentos.

Na verdade, só o requintado humor das obras de Fellini poderia descrever capazmente todas as peripécias políticas relacionadas com o ferry boat para a Madeira que, como todos sabemos, terminaram precisamente com “la nave se va”.



É claro que, para os “velhos” autonomistas, a existência da ligação marítima deveria resultar de uma decisão dos madeirenses e não das benesses de um qualquer governo do “rectângulo”, mas não é assim que a questão tem sido tratada, e, por isso, os autores do cartaz aqui recordado ficaram mal, ou, mais exactamente, ficaram pessimamente na fotografia.

Repita-se

“Prometeram ligação marítima o PS-Madeira e o PSD-Madeira e ficamos a ver navios”

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