Perdoando-se-nos
a erudição, que só surgirá como tal para os mais novos, apetece recordar um
filme de Fellini, de 1983, intitulado “E la nave va” e que, a propósito de um
navio traça uma imagem de decadência da Europa em vésperas da primeira guerra
mundial, incluindo na sua estória uma reminiscência do rinoceronte que D.
Manuel I enviou ao Papa nos inícios de mil e quinhentos.
Na verdade,
só o requintado humor das obras de Fellini poderia descrever capazmente todas
as peripécias políticas relacionadas com o ferry boat para a Madeira que, como todos
sabemos, terminaram precisamente com “la nave se va”.
É claro que,
para os “velhos” autonomistas, a existência da ligação marítima deveria
resultar de uma decisão dos madeirenses e não das benesses de um qualquer
governo do “rectângulo”, mas não é assim que a questão tem sido tratada, e, por
isso, os autores do cartaz aqui recordado ficaram mal, ou, mais exactamente,
ficaram pessimamente na fotografia.
Repita-se
“Prometeram
ligação marítima o PS-Madeira e o PSD-Madeira e ficamos a ver navios”
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