Por vezes,
convém atentar nas palavras de quem se insere em áreas ideológicas diversas,
como sucede neste caso quanto a um ponto de vista eminentemente católico mas
que se refere com grande clareza e actualidade aos chamados “direitos dos
trabalhadores” e que surgiu no “Diário de Notícias” de Lisboa de 11/05/2017.
É claro que a
laicidade é um valor essencial das sociedades modernas, tanto mais valioso
quanto o Mundo tem vindo a ser invadido por fundamentalismo religiosos de
diversos tipos, mas todos eles de resultados catastróficos para a Humanidade.
Porém, a
modernidade do laicismo não pode servir para ocultar as mais arcaicas concepções
da exploração do homem pelo homem e fazer-nos reverter a épocas em que quem
trabalhava por conta de outrem não era dono do seu tempo.
Pedindo
emprestado ao comentarista o conceito de que o demónio, embora bem disfarçado,
está sempre presente e à espreita para fazer das suas, assim também realmente sucede
com o desejo de explorar o seu semelhante que continua a ser omnipresente, mas
bem disfarçado atrás dos mais bonitos e “modernos” conceitos, ocultando que os
mesmos cheiram à escravatura que já foi (ou devia estar) extinta.
Por isso, é
altamente saudável a reflexão que se transcreve.
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