sexta-feira, 12 de maio de 2017

Por onde andará o “Vinho Madeira”?

Apesar de toda a propaganda oficial, é por demais visível que a situação do “Vinho Madeira” marca passo que os pequenos aumentos no valor das suas vendas se referem à exportação para França dos “Vinhos para molhos”, que já chega a estar proibida devido à má imagem que pode transmitir.
É claro que qualquer panfleto turístico ou discurso de governante que se preze não deixarão de invocar o vinho como uma das glórias da Região, mas, conviria examinar o que se passa a este respeito no quotidiano da Região, e, nesse aspecto, nada melhor do que observar qual é o seu lugar nos locais mais sofisticados e que se dedicam ao consumo de bebidas tidas como “finas”.
De forma totalmente aleatória reproduzem-se as listas de bebidas que são apresentadas aos clientes em dois dos estabelecimentos mais prestigiados da cidade.
Num dos casos, em matéria de vinhos licorosos, existem quatro variedades de Madeira para cinco de Porto a que acresce o Xerês e o Moscatel, sendo poupérrima a variedade (e discutível a idade, digamos…) da oferta regional.


No outro exemplo estamos ainda pior e um estabelecimento carissímo propõe um cálice de “Madeira – 3 anos” por 5 euros, o que será pouco menos do que o preço de uma garrafa e constitui uma óptima solução para que não se fiquem a conhecer as características do “novo” vinho.
E, o “Porto” lá surge novamente em boa posição.


Em alternativa, observe-se a lista de um estabelecimento situado numa “casa de vinhos” e poder-se-á facilmente constatar o que seja uma oferta de corresponde à qualidade e prestígio que se pretende associar ao “Vinho Madeira”, pese embora o nível dos preços nos escalões mais vulgares.


Mas, escolheu-se este exemplo precisamente por constituir uma excepção… 
Ora, se no próprio local da produção, não existe valorização do produto, o que poderemos esperar?

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