terça-feira, 28 de março de 2017

Afinca-lhe com um cartaz

Quase quarenta anos de regime laranja, criou vícios que contagiaram a sociedade de uma forma geral. Mas, ver autarcas eleitos fora do círculo do partido do regime, a seguir a mesma linha de propaganda, leva-me sempre a uma pergunta:
- Não aprenderam nada com o passado, ou são farinha do mesmo saco?
Antes de mais, não vejo razão nenhuma para afixarem grandes cartazes, anunciando obras que a autarquia está obrigada enquanto tal.


As coisas ficam deveras com um carácter mais enganador, quando o cartaz propaga uma obra para 2016 não tendo-se cumprido no prazo anunciado.  
Esta propaganda, segundo a escola do partido do regime, deixava-me e deixa-me sempre desconfiado quanto ao verdadeiro propósito. Será que só mudou a cor das moscas?
Não chega mudar de pessoas ou de partido. É preciso mudar de atitude!

David Francisco


NÃO BASTA PARECER, TEM DE SER!...

Todos sabemos que nesta abençoada ilha de Zarco, de há muito que certas promiscuidades acontecem nos mais diversos sectores da nossa sociedade.

Esta constatação tem a ver com uma situação que nem é de todo muito habitual acontecer.

O senhor Pedro Amaral Frazão, Capitão-de-Mar-e-Guerra da Marinha Portuguesa, foi Comandante da Zona Marítima da Madeira desde 2009 a 2012, tendo desempenhado as suas funções de forma exemplar, honrando a nobre instituição que representou. O Governo Regional da Madeira inclusive atribuiu um louvor ao distinto militar da Armada. Até aqui tudo muito bem.



Contudo, e para espanto do comum dos cidadãos, o senhor Amaral Frazão, algum tempo depois, e já numa situação de pré-reforma, aparece ligado ao Grupo Sousa, que, entre milhentas áreas de negócio em todo o país, tem diversas operações marítimas, como a exclusividade da ligação marítima de passageiros para o Porto Santo, a concessão da operação no Porto do Caniçal, o transporte de carga marítima para a Madeira e Porto Santo entre muitas e muitas outras situações.



O facto de desempenhar outra actividade profissional não é questionável. É questionável sim, o facto de ter tido altas responsabilidades como são as de Comandante de uma Zona Marítima, neste caso da Madeira, e estar agora, ligado profissionalmente a um grupo económico que desenvolve grande parte da sua actividade nos portos, nos transportes marítimos, e na carga contentorizada por via marítima.

Já diz o velho ditado, “À mulher de César não basta parecer séria, tem de ser séria!”

Microalgas = Máxi Investimento

Todos sabemos que a R.A.M. está sempre na vanguarda de grandes investimentos (se são úteis, não sei, se são bem utilizados, também não sei, se são para o bolso de alguns, ahumm, jamais se faria isso neste arquipélago tão belo, digo eu!), também sei que estas microalgas são faladas há muitos anos e que finalmente trouxeram “frutos”.


Pois bem, vamos por partes, tudo começou em 2009 com o projecto “Biocombustível Marinho – A Energia do Futuro”, este projecto tinha como objectivo fazer com que a nossa “Ilha Dourada” deixasse de depender do petróleo, isto até 2016, objectivo bem ambicioso. Um projecto inovador, de facto, e veio-se a ver que, para além de inovador, tornou-se também polivalente, multifacetado (era para ser utilizado na cosmética, na indústria farmacêutica, etc., etc.) e inútil, até há uns dias atrás!

Mais de 40 milhões de euros depois, finalmente, pudemos sentir o orgulho de ver as alguinhas a vingarem apenas na ementa oficial da apresentação da Fundação Oceano Azul, é verdade, meus amigos, as alguinhas já chegaram à boca e estômago de várias ilustres personalidades. A “Marina do Lugar de Baixo” não se pode gabar do mesmo, apenas provoca indigestões…

É bom ver projectos destes a voar tão alto, e sempre em parceria com os nossos vizinhos espanhóis! Qual será o próximo projecto? Vamos aguardar as cenas dos próximos episódios, afinal vêm aí as Autárquicas!


Carolina Cardoso

segunda-feira, 27 de março de 2017

NOBRES OBJECTIVOS

“Os ESD’s,… foram criados com o objectivo de acompanhar os estudantes da nossa Região…”

Ver panfleto…

Pelos vistos, os membros desta organização sentem-se como se não estivessem abrangidos pelos problemas dos estudantes…


É claro que a má língua não deixará de concordar com esta forma de ver as coisas, dado que, segundo voz corrente, os seus responsáveis já têm garantidos os futuros empregos, vulgo, “tachos”.

POIS...


Mesmo supondo por hipótese que assim seja, e o consumo de álcool que celebrizou alguns lideres da organização?

sexta-feira, 24 de março de 2017

SE

Se não se pode ser simultaneamente membro do Governo e Vereador…

Se um candidato a uma autarquia anuncia previamente que não está a considerar o abandono do cargo governativo…

Nesse caso, tudo levará a pensar que esse candidato tem poucas esperanças de vir a triunfar nas eleições…

E, leva também a pensar que preferirá ficar no Governo em vez de assumir o cargo de vereador…

No entanto, os eleitos têm direito a eleger vereadores e naturalmente esperam que os eleitos respeitem a sua vontade assumindo os cargos que lhe foram designados.


Da onde se torna legitimo concluir que, no caso de ser mantida a actual opção, estamos perante uma candidatura fantasma.

AEROPORTOS, AEROPORTOS… COM CERTAS OPOSIÇÕES PODE O GOVERNO BEM

«Pouco há a fazer quando o vento sopra mais forte. Aqui não há culpas» (DN, 19/03/2017)

Estas são declarações recentes do líder regional de um partido da oposição que falava ao DN nesta qualidade.

Ora, quando uma organização tão relevante, como é a associação de pilotos, veio expressamente recomendar a adopção de medidas alternativas às limitações na pista do Aeroporto da Madeira, é surpreendente que quem quer fazer oposição, aceite acriticamente as posições do PSD e deite as culpas para o “destino”.

Enfim, a ver vamos…


Por Jarvin - Jarle Vines - Obra do próprio, CC BY-SA 3.0, 
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=10803656

quarta-feira, 22 de março de 2017

AINDA O HELIPORTO


Mesmo os mais preocupados com o projecto do heliporto, podem sossegar lendo o Diário de Noticias de 14 de Março que informa:

«O contrato para a elaboração do projecto foi assinado com a WW-Consultores de Hidráulica e Obras Marítimas, SA. Trata-se de uma empresa bem conhecida das autoridades regionais por ser responsável pelos estudos por várias intervenções no litoral, como na Marina do Lugar de Baixo…»


Com uma intervenção destas, alguém tem dúvidas quanto ao resultado???

E, sem dúvida nenhuma de que se trata de «uma empresa bem conhecida das autoridades regionais”.

FUTURO HELIPORTO DO FUNCHAL ALGUÉM TEM DÚVIDAS?


Após ter sido anunciado um novo heliporto para o Funchal, surgiram variadas dúvidas a esse respeito, para as quais não se vê qualquer razão, dado que a resposta é certa e segura: será tão bom como o heliporto do Hospital, que, na primeira e última vez em que foi utilizado provocou um furacão que ia provocando as piores destruições na vizinhança, ou como o heliporto do Porto Moniz onde nunca chegou nenhum helicóptero, ou o heliporto da sede dos bombeiros de São Vicente.

Dúvidas para quê?

terça-feira, 21 de março de 2017

Indo eu, indo eu, do Curral para o Funchal...

Gastou-se um rol de dinheiro a forrar umas paredes, construindo o galinheiro mas, alcatroaram a estrada que já era uma atracção turística pelo seu mau estado. Até veio gente de Câmara de Lobos para a inauguração, não se sabe bem de quê.
Mas já agora; não podíamos fazer a coisa direita, de só uma vez? Só uma vez! Para isto parecer um país, pelo menos uma vez!
As linhas de limite lateral das faixas de rodagem, que tanta falta fazem nos dias de menor visibilidade, não foram colocadas, para ficar mais barato ou foi mero esquecimento?
Esquecimento de colocar as linhas, claro!!!


“Si que se apure, vigie onde bota ai patas”

David Francisco

AEROPORTOS, AEROPORTOS, AEROPORTOS

Segundo a comunicação social, um quarto dos passageiros dos voos que foram desviados para o Porto Santo nos últimos dias, decidiram deslocar-se para a Madeira de barco.

Espontaneamente aconteceu assim…


Não será já tempo de planear alternativas?


terça-feira, 14 de março de 2017

Caminhar Sobre Brasas


A propósito de um artigo que li no outro dia.

Ora, para que precisam de agasalhos?
O Céu é o limite, dotem também o cérebro da informação de que, se conseguem caminhar sobre brasas a 500ºC, também conseguem não sentir o fresquinho em Santana. É preciso eu ensinar-vos tudo? Há que ser práticos!



via GIPHY

Agora confesso que fico na dúvida, será que o povo desta nossa nobre Região Autónoma também devia participar nesta iniciativa? É que escaldados já andamos! Ou então começamos todos a usar "boitas d'aua" porque o GR anda a regar imenso... É só uma questão de precaução...

E ainda por cima já começaram os incêndios pela ilha e qualquer dia vem mais uma aluvião e a avaliar pelas obras nas ribeiras, estamos bem... "fritos"!


Carolina Cardoso

TODOS OS ANOS PELA PRIMAVERA 5 - A IGNORÂNCIA E ARROGÂNCIA DOS DEPUTADOS DO PSD MANTÊM-SE IGUAIS COM OU SEM JARDINISMO.

Segundo o DN de 10/03/17, num debate na Assembleia Legislativa sobre medidas fiscais, o deputado do PSD, Carlos Rodrigues, opôs-se à sua apreciação com o argumento de que “está em curso a discussão de propostas de alteração do Estatuto Político Administrativo, entre as quais a criação de um sistema fiscal próprio para a Região, pelo que essa é a forma de avançar nesta matéria”.
E com esta afirmação, o Sr. Deputado demonstrou que nada sabe, ou nada pretende saber, em matéria de Estatuto, pois, o reconhecimento de um sistema fiscal próprio, constituiria apenas uma norma genérica, que nada prevê, nem pode prever, quanto às concretas normas fiscais que a Região pretende estabelecer.


Mas, por outro lado, a Região só não dispõe de um sistema fiscal próprio porque o PSD não quer, dado que o art.107, nº3, do Estatuto já em vigor desde 1999 abriu caminhos nesse sentido, enquanto que a nova redacção proposta pelo PSD para o n.1 desse artigo criaria um vazio absurdo, não se percebendo como é que a mesma se coordenaria com os novos números 3,4 e 5.

EM JEITO ANEDÓTICO


Segundo se dizia, o PSD teve como ponta de lança na Assembleia um empresário bem sucedido na venda de sanitas, mas agora tem um sucessor, com os mesmos tiques, que nem tomadas de electricidade saberá vender.

domingo, 12 de março de 2017

AINDA O SOLAR DE SÃO JOÃO DE LATRÃO EM GAULA



Tarde e a más horas a Direcção Regional da Cultura “descobriu” o valor histórico e patrimonial do Solar de Gaula.
Ao fim e ao cabo, só a Câmara Municipal de Santa Cruz é que não conseguiu ver nada.

IMPORTA-SE DE EXPLICAR???

Segundo declarações da Secretaria Regional, ao DN de 5/2/17, os travessões colocados nas ribeiras são essenciais porque não existiam escavações em profundidade que fornecessem estabilidade aos muros e, por isso, segundo a notícia do “DN”, os travessões “seguram as novas muralhas”.


Mas se assim é, qual será a razão de ser das escavações que agora se observam.


Andarão à procura de petróleo?

Corporações de Bombeiros II - Ou agências de emprego do regime laranja?

Reacção na tasca.
Na sequência do texto aqui publicado com o mesmo título, aconteceu que o laranjal de cá de dentro leu, ficando muito ofendidos. Todos eles, sabem porque entram para a “mocidade” ou para o partido do regime mas, ficam muito desconsiderados quando confrontados com os factos. 
O auto intitulado «empresário» que de tão incompetente, precisa dos dois ordenados que lhe pagamos, um da Junta de Freguesia e outro do emprego como bombeiro de terceira, veio com o choradinho do tipo: “não foi eu,… não foi eu”, mas, construiu parte do restaurante da família em cima do caminho público, entre outras…

Em seu apoio veio um cura, dando-lhe a bênção, de quem acha que vale tudo, que tudo é perdoado e não questionado, em nome da família laranja.
«… , o Bem e a Verdade vencem Sempre! » Que assim seja! E que o bem seja o comum. (Enviaram-me o texto da bênção e do choradinho.)
Entrementes, o “músico bombeiro”, aquele que entrou primeiro para a corporação e depois foi arranjar as habilitações necessárias, com inveja de não ter sido referido, e não é por falta de matéria. Andou a sondar pelas tascas, não se sabe se a mando ou por conta própria, meio a jeito de ameaça, meio bilhardisse, tentando simultaneamente tirar nabos da púcara e assustar os suspeitos de passarem informações. Esquecendo-se ele, que por vezes, bebe de mais, e com o efeito das cervejas, fala o que deve e o que não quer, incluso do assunto passado dentro de AMS, que ficou no segredo dos deuses mas que a cerveja trai. 
Com esta roda-viva dos laranjas, onde uns tentam cobrir os rabos-de-palha dos outros, esperando que os outros façam o mesmo por eles, tudo à sombra protectora do partido do regime, o ambiente na freguesia está cada vez “melhor”, está como os laranjas gostam. 
As pessoas já desconfiam da própria sombra, vigiando-se umas às outras.
David Francisco


quarta-feira, 8 de março de 2017

SÓ FALTA POUCO MAIS DE UM ANO? ONDE ESTÁ A COMISSÃO PARA AS COMEMORAÇÕES DO POVOAMENTO DA MADEIRA?

Segundo o DN de 05/05/2012, o actual Secretário Eduardo Jesus, na Conferência Anual do Turismo defendeu a importância de aproveitar os 600 anos da descoberta da Madeira, em 2019, mas, desde então e pelos vistos desinteressou-se do assunto.
Quanto à data do reconhecimento do Arquipélago pelos portugueses, a mesma é tradicionalmente referida como sendo 1418, não se conhecendo a origem d data de 1419.
Presentemente, e como, por exemplo, refere Rui Carita no I volume da sua História da Madeira é apontada a data de 1420 (pág.17).
Por isso, desde já, seria de definir qual seja a data mais exacta.
Mas, as comemorações, porque de comemorações se trata e não de um evento científico deveriam iniciar-se em 2018 com referência à data tradicional e prolongar-se até 2020.
Mas, por enquanto, ainda não existe nada!!!


Deixamos este tema musical, que em nosso entender, fará certas pessoas, acordarem para a realidade!


A Teoria dos Multiversos

Tudo começa no século 20, quando Edwin Hubble percebe que as galáxias estavam-se a afastar e o universo a crescer, que depois originou a teoria do Big-Bang e, mais recentemente, a teoria das cordas que diz existir uma réplica sua agora mesmo, a fazer exactamente o que está a fazer e outras réplicas que tomaram rumos na vida completamente diferentes. A mecânica quântica diz-nos que tudo o que pode acontecer, acontece - cada um num universo diferente.
Isto porquê? A redacção do Fura-bardos encontrou maneira de provar estas teorias! Através de algum fenómeno da natureza ainda desconhecido à humanidade chegou-nos uma notícia vinda de um universo paralelo ao nosso!
Lembra-se do Pavilhão Multiusos do Funchal e do Museu da Ciência? Claro que não se lembra, não foram construídos neste universo!
Em 2004, no Universo que denominaremos de Universo laranja, o vice-presidente Cunha e Silva anuncia a construção do Museu da Ciência e Tecnologia que contava até com cinema ao ar livre, produção de energia "verde" e um arquivo de imagens que iria receber o património fotográfico da Secretaria do Turismo (será que também implementaram as taxas da natureza por lá?).


Já em 2008, pelo Universo laranja anunciava-se o Pavilhão Multiusos do Funchal, tudo construído no Tecnopólo. Um artigo tão bem detalhado, onde são especificadas até maneiras de evitar sensações de claustrofobia dentro do pavilhão que só podia levar ao leitor de tal universo a acreditar no que lia. Ambas as obras da Sociedade Metropolitana de Desenvolvimento SA.



Infelizmente neste universo não existem estas infraestruturas, pelo contrário. Temos um tecnopólo vazio, entregue a sabe-se lá quem, onde há dias fui expulso de uma área de lazer por "ordens da administração" e que bem podia ser aproveitado pela UMa que fica no mesmo edifício com congressos que são desviados para hotéis e alunos que ficam sentados no chão do pátio da universidade em invés de poderem visitar as exposições que lá existem ou até mesmo o leccionamento de aulas nos anfiteatros que estão sempre vazios, o que não acontece com os anfiteatros da UMa…

Oxalá o fenómeno que nos trouxe estas notícias se repita, desta vez vou eu para lá!


Alex Faria

Aeroportos, Aeroportos, Aeroportos...

 Nestes últimos tempos, o tema dos aeroportos voltou a ser motivo de atenções que tiveram origem nas críticas do ex-deputado do PSD João Baptista Lemos aos pilotos que utilizavam a pista da Madeira, o que originou alguns comentários por parte da Associação de Pilotos Portugueses da Linha Aérea no DN de 03/02/2017.
Entretanto, no DN de 17/02/2017, o responsável pelo sector do Turismo da ACIF veio lançar o alerta de que o nosso aeroporto não tinha condições para corresponder ao radical aumento de turismo que está previsto no próximo Plano de Ordenamento do Sector, o que, a ser verdadeiro, tornaria absurdo esse Plano.
Mas, além disso, é incontestável que nos próximos tempos irão existir alterações climáticas, independentemente da sua dimensão e das suas causas, e, portanto, é inultrapassável a conclusão de que irá ser ainda mais reduzida a operacionalidade do Aeroporto da Madeira.
Perante este panorama, será útil tecer algumas considerações, independentemente do seu rigor ser total ou meramente parcelar.
O que começa, em primeiro lugar por recordar que a ampliação do nosso aeroporto foi efectuada com o argumento de que era necessária uma pista que tivesse dimensões para os aviões com maior lotação, os chamados “Wide Body” e, a ser assim, talvez ficassem parcialmente resolvidas as preocupações manifestadas pelo responsável da ACIF.


Sucede porém, e, esta introdução pode parecer a de uma história para criancinhas, que ninguém reparou em que o tamanho da pista não era tudo…
Ou ainda, num registo muito simples, essas dimensões até podem ser suficientes, como resulta da aterragem de um desses “Wide Bodies” no dia da inauguração, mas existem outras exigências, nomeadamente a nível da segurança e serviços de socorros.
Por outras palavras, a autorização para que a pista fosse comercialmente utilizável por esse tipo de aeronaves exigiria serviços de socorro em material e meios humanos que a tornariam totalmente inviável sob o ponto de vista económico.
Além disso, os riscos derivados do encerramento do Aeroporto produzem óbvios prejuízos económicos para as companhias aéreas, os quais são notavelmente ampliados conforme aumenta a dimensão dos aviões.
Ora, perante estas negras perspectivas, valerá a pena atentar na opinião dos pilotos que já foi expressa na notícia de 03/02:
A solução para enfrentar os condicionamentos meteorológicos (e outros, diria o nosso passarão...) não passa pela construção de uma alternativa na ilha, mas em aumentar a capacidade para acolher aeronaves que divergem para o Porto Santo e em reforçar aquela infraestrutura aeroportuária de meios técnicos (e humanos, diria mais uma vez o nosso simpático pássaro)
Há vários anos atrás, quando o Ministro da República era o Brigadeiro Lino Miguel, este, como piloto aviador que tinha sido, veio bater-se pela importância para a Madeira da pista do Porto Santo e, por isso, só não foi embrulhado em “alcatrão e penas” pelo poder regional do PSD, porque o seu cargo a tal obstava.
No presente momento, a tendência dominante por parte da empresa privada que é responsável pelo aeroporto do Porto Santo consiste em reduzir a um nível mínimo a sua actividade e as suas capacidades operacionais, mas é bem provável que, daqui a uns anos, se venha a constatar acerto das opiniões atrás citadas.

A ver vamos…

terça-feira, 7 de março de 2017

Bote-me uma amarelinha

Com este tempo de frios e calores extremos, arranhou-se-me a garganta. Como sou avesso à fila para o Sr. Doutor lá do centro de saúde, peguei em mim, e fui até à tasca. Depois dos comprimentos do costume, e da conversa sobre a chuva que regou a terra na altura certa para meter as semilhas…
- «Deite-me uma de eucalipto, ando com a garganta arranhada. - De eucalipto não tenho. – Que seja uma marcela, não é a mesma coisa mas remedeia. - Dessa muito menos. - Ainda é muito cedo para enfiar-me na cama mas, deite-me uma amarelinha para fazer lastro e logo se vê. - O homem, si nã sabe que é proibido? - Agora essa, é proibido? É proibido por quê? - Por causa do “acle”. - Mas o Sr. … faz as infusões com aguardente ou com álcool? - Olhe nã sei! O que sei é que nã se pode ter! Aquela polícia nova, quando passa, leva tudo o que “um” tiver no negócio.»
- Pelo que me explicaram, todas aquelas maravilhas tradicionais, para o sabor e para a saúde que podíamos saborear na maioria das tascas, são proibidas. E não podem estar à venda porque o Estado parte do princípio que o cidadão segue o seu exemplo e passa-lhe a perna, usando aguardentes não declaradas. Ou seja: O único motivo para não podermos degustar madre de louro, sabugueiro, infusão de parideira, de ervas, marcela ou até as macias, e outras velhas receitas e infusões numa tasca ou como bom digestivo caseiro num qualquer restaurante, é, a suspeita da aguardente ser contrafeita. Destrói-se anos de sabedoria popular a favor do empacotado. Sim!! Porque se for uma daquelas coisas industriais, que magoam no estômago e dão ressacas terríveis, já pode envenenar metade da população porque têm selo.



E pergunto eu: A aguardente que se usa nas infusões não é na sua grande maioria comprada no circuito oficial, a pagar altos impostos? O facto de juntarem umas ervas altera em quê, o tal do imposto?
É como com o vinho seco, se não pagar o imposto não pode vender porque faz mal. Se pagar, já pode vender até vinagre a copo.
A onde a gente vai parar???

Se é mais um imposto que querem, criem um selo para as infusões caseiras. Não destruam mais uma parte da nossa cultura.


David Francisco

segunda-feira, 6 de março de 2017

"Coltura" Regional


Transcreve-se um extrato da acta respeitante à reunião da Assembleia Municipal de 16/12/2016 de uma autarquia da Madeira:

O senhor Raul Ribeiro, deputado municipal independente, fez referência que a desratização tarda e que era fundamental os deputados municipais respeitarem as intervenções alheias, até porque na presente reunião contavam com a presença do deputado regional do BE, Rodrigo Trancoso.”

Como é habitual dizer-se, o mal ou é do malho ou do malhadeiro, ou, neste caso, resulta da própria intervenção ou resulta de quem elaborou a acta, o que será mais provável.

Mas , seja de quem for a responsabilidade, é incontestável que a associação entre a desratização tardia e o deputado regional do BE ficou consagrada em acta, restando saber o que tem uma coisa a ver com a outra.

sexta-feira, 3 de março de 2017



O des'governo teve muita pressa para despejar as pessoas que dinamizavam este espaço na Rua de Santa Maria, para mantê-lo abandonado à vista de todos, como prova da desorientação vigente.


David Francisco