Todos sabemos que nesta abençoada
ilha de Zarco, de há muito que certas promiscuidades acontecem nos mais
diversos sectores da nossa sociedade.
Esta constatação tem a ver com uma
situação que nem é de todo muito habitual acontecer.
O senhor Pedro Amaral Frazão,
Capitão-de-Mar-e-Guerra da Marinha Portuguesa, foi Comandante da Zona Marítima
da Madeira desde 2009 a 2012, tendo desempenhado as suas funções de forma
exemplar, honrando a nobre instituição que representou. O Governo Regional da
Madeira inclusive atribuiu um louvor ao distinto militar da Armada. Até aqui
tudo muito bem.
Contudo, e para espanto do comum dos
cidadãos, o senhor Amaral Frazão, algum tempo depois, e já numa situação de
pré-reforma, aparece ligado ao Grupo Sousa, que, entre milhentas áreas de
negócio em todo o país, tem diversas operações marítimas, como a exclusividade
da ligação marítima de passageiros para o Porto Santo, a concessão da operação
no Porto do Caniçal, o transporte de carga marítima para a Madeira e Porto
Santo entre muitas e muitas outras situações.
O facto de desempenhar outra
actividade profissional não é questionável. É questionável sim, o facto de ter
tido altas responsabilidades como são as de Comandante de uma Zona Marítima,
neste caso da Madeira, e estar agora, ligado profissionalmente a um grupo
económico que desenvolve grande parte da sua actividade nos portos, nos
transportes marítimos, e na carga contentorizada por via marítima.
Já diz o velho ditado, “À mulher de
César não basta parecer séria, tem de ser séria!”
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