Provavelmente
poucos se terão dado conta da existência de um jornal online que funcionou
desde 2005 até 2012 e que se invocava deste nome, correspondente não só a uma
ave tipicamente madeirense mas também a uma expressão regional que traduzia a
figura de alguém dotado de elevada capacidade de desenrascanço.
Tendo-se
tratado da primeira experiência nesta matéria, a mesma foi pautada por muitas
deficiências, mas, pelo menos, cabe-lhes a glória de ter popularizado a palavra
“berbicachos” como forma de caracterizar um dos aspectos mais importantes do
regime jardinsta.
Após alguns
anos de adormecimento, o “Furabardos” surge novamente, com dimensões mais
modestas, mas com o mesmo espirito critico.
É certo que
já não existem as obras “a metro”, nem as inaugurações e inauguramentos que se
repetiam várias vezes ao dia, mas, os herdeiros do jardinismo são dignos
continuadores da sua obra, embora surjam com mais e maiores contradições
internas e externas e, portanto, continuam a representar um alvo privigiliado
pela crítica irónica que ponha em causa toda a pompa e circunstância com que
procuram rodear a sua actuação.
Ao fim e ao
cabo, a essência mais profunda do exercício do poder regional assenta numa
cuidada encenação de propositiva e intenções, bastantes vezes contraditórias,
ou, noutros casos, totalmente irrealistas, não anunciadas de uma forma tão
importante que até levam a crer que serão verdadeiras e, neste panorama, a sua
abordagem pela faceta extremamente ridícula de que se revelam constitui uma prioritária base de
ataque.
Entretanto e
como é bem visível, na actividade politica vieram a posicionar-se outros
agentes cuja ausência de projectos é eficazmente compensada pelo insistente
martelar de ideias gerais, agradáveis ao ouvido mas desprovidas de real
conteúdo, que, tal como as anteriormente referidas, necessitam de uma boa dose
de ironia por serem desmistificadas.
Ou muito
resumidamente existem abundantes motivos para renovação da actividade do
“Furabardos”, a ver vamos se iremos conseguir estar à altura dos mesmos…
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