quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

O “FURA-BARDOS” ESTÁ DE VOLTA

Provavelmente poucos se terão dado conta da existência de um jornal online que funcionou desde 2005 até 2012 e que se invocava deste nome, correspondente não só a uma ave tipicamente madeirense mas também a uma expressão regional que traduzia a figura de alguém dotado de elevada capacidade de desenrascanço.
Tendo-se tratado da primeira experiência nesta matéria, a mesma foi pautada por muitas deficiências, mas, pelo menos, cabe-lhes a glória de ter popularizado a palavra “berbicachos” como forma de caracterizar um dos aspectos mais importantes do regime jardinsta.
Após alguns anos de adormecimento, o “Furabardos” surge novamente, com dimensões mais modestas, mas com o mesmo espirito critico.
É certo que já não existem as obras “a metro”, nem as inaugurações e inauguramentos que se repetiam várias vezes ao dia, mas, os herdeiros do jardinismo são dignos continuadores da sua obra, embora surjam com mais e maiores contradições internas e externas e, portanto, continuam a representar um alvo privigiliado pela crítica irónica que ponha em causa toda a pompa e circunstância com que procuram rodear a sua actuação.
Ao fim e ao cabo, a essência mais profunda do exercício do poder regional assenta numa cuidada encenação de propositiva e intenções, bastantes vezes contraditórias, ou, noutros casos, totalmente irrealistas, não anunciadas de uma forma tão importante que até levam a crer que serão verdadeiras e, neste panorama, a sua abordagem pela faceta extremamente ridícula de que se  revelam constitui uma prioritária base de ataque.
Entretanto e como é bem visível, na actividade politica vieram a posicionar-se outros agentes cuja ausência de projectos é eficazmente compensada pelo insistente martelar de ideias gerais, agradáveis ao ouvido mas desprovidas de real conteúdo, que, tal como as anteriormente referidas, necessitam de uma boa dose de ironia por serem desmistificadas.
Ou muito resumidamente existem abundantes motivos para renovação da actividade do “Furabardos”, a ver vamos se iremos conseguir estar à altura dos mesmos…

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